Confira os 14 assuntos mais quentes do Podcast:
💠 1. A maternidade é uma travessia: você não sabe o que vai encontrar, mas precisa seguir em frente
A maternidade é descrita como uma jornada cheia de incertezas, onde cada dia é uma nova travessia. A convidada, Dra. Ana Januzi, compara essa experiência a atravessar um rio: todos os dias você avança um pouco, mas nunca sabe exatamente o que vai encontrar. Pode ser uma dificuldade, uma facilidade ou um desafio completamente novo. No início, muitas mães sentem que não sabem “nadar”, ou seja, não têm todas as respostas ou habilidades necessárias, mas precisam seguir em frente com fé e determinação. Essa metáfora ilustra bem a sensação de despreparo e ao mesmo tempo a necessidade de continuar, mesmo sem saber o que está por vir. 🗣️ “Eu entendo a maternidade, o puerpério, os primeiros meses, é como se tivesse atravessando um rio todos os dias. Você atravessa um pouco o rio, então assim, todos os dias eu quero chegar à borda, eu não sei como é que vai ser, eu não sei o que que eu vou encontrar de dificuldade, de facilidade, e das primeiras vezes eu não sei nem nadar.” 💠 2. Amor materno não é instantâneo: como foi descobrir o amor pela minha filha aos poucos A Dra. Ana Januzi compartilha uma reflexão sincera sobre o amor materno, que nem sempre surge de forma instantânea. Ela conta que não amou sua primeira filha no dia em que ela nasceu, e isso não é algo que a envergonha. Pelo contrário, ela vê o amor materno como um exercício diário, que vai sendo construído aos poucos. Nos primeiros dias, ela sentia mais a responsabilidade do que o amor propriamente dito. Foi só após alguns dias, ao observar sua filha dormindo, que ela foi tomada por uma onda de emoções, percebendo a dimensão do amor que sentia e, ao mesmo tempo, o medo de não conseguir proteger aquela criança de tudo. Essa experiência mostra que o amor materno é um processo, não um sentimento que surge magicamente no parto. 🗣️ “Eu não amei a minha primeira filha no dia que ela nasceu, e eu não tenho nenhum problema de falar disso, porque as pessoas acham que você não tire nada distinto materno. Não existe, ele é exercício do amor olhando.” 💠 3. Por que a cesárea desnecessária e a violência obstétrica ainda são tão comuns no Brasil? A Dra. Ana Januzi aborda um problema grave no Brasil: os altos índices de cesáreas desnecessárias e violência obstétrica. Ela explica que muitas mulheres são enganadas e submetidas a cesáreas sem real necessidade, muitas vezes sem seu consentimento pleno. Além disso, a violência obstétrica é uma realidade tanto no SUS quanto na rede privada, onde intervenções desnecessárias são feitas, atrapalhando processos fisiológicos como o parto normal. A médica enfatiza a importância de informar as mulheres sobre seus direitos e de empoderá-las para que tomem decisões conscientes sobre seus corpos e seus partos. Ela defende que, quando a cesárea é realmente necessária, é uma maravilha, mas quando é feita sem justificativa, é uma violência. 🗣️ “Notadamente no Brasil, a gente é um país que tem altíssimos índices de cesariana e de violência obstétrica. Cesariana não desejada e não necessária, né? Porque se fosse desejada e necessária, que maravilha, mas não, gente sendo enganada para ser operada.” 💠 4. A importância de errar na maternidade: por que você precisa não saber para aprender A Dra. Ana Januzi fala sobre a importância de permitir que as mães errem e aprendam com seus erros. Ela defende que não saber como dar banho em um bebê ou como amamentar é parte natural do processo de aprendizado da maternidade. Esse espaço para o erro é essencial para que as mães possam se desenvolver e ganhar confiança. A médica critica a pressão social que exige que as mães saibam tudo de antemão, o que pode gerar ansiedade e sensação de incapacidade. Para ela, é fundamental que as mães tenham a liberdade de experimentar, errar e, assim, aprender a cuidar de seus filhos de forma orgânica e natural. 🗣️ “Você precisa errar, exatamente, você precisa não saber como dar banho na criança, você precisa não saber como amamentar para você aprender, né? E aí eu acho que a gente precisa dar esse espaço pra mãe.” 💠 5. Como a tecnologia está mudando a forma como as crianças aprendem e pesquisam? A Dra. Ana Januzi comenta sobre a mudança no comportamento das crianças e adolescentes em relação à tecnologia. Ela observa que, hoje em dia, as crianças não usam mais o Google para pesquisar, mas sim plataformas como o TikTok. Essa mudança reflete uma geração que consome informação de forma rápida e visual, muitas vezes sem aprofundamento. A médica expressa preocupação com essa tendência, já que o acesso a informações superficiais pode limitar o aprendizado e a capacidade crítica. Ela também destaca que, enquanto os adultos ainda usam o Google, as crianças estão migrando para outras plataformas, o que exige uma adaptação na forma como os pais e educadores abordam o ensino e a pesquisa. 🗣️ “As crianças e adolescentes não fazem mais pesquisa no Google, somos nós. A nossa geração é no TikTok, não é? Me falaram isso também recentemente, eu fiquei chocada.” 💠 6. A emoção de ver minha filha dividir um pirulito com a irmã: o que isso ensina sobre amor? A Dra. Ana Januzi compartilha uma história emocionante sobre sua filha mais velha, que, aos dois anos, decidiu dividir um pirulito com a irmã mais nova. Esse gesto simples, mas profundamente significativo, mostra como o amor e a generosidade podem surgir naturalmente nas crianças. A médica reflete sobre como esse ato de dividir algo que a filha mais velha gostava muito foi uma demonstração de amor e cuidado. Ela também comenta como as redes sociais reagiram à história, com algumas pessoas criticando o fato de a bebê ter chupado o pirulito, mas ela reforça que o importante não era o pirulito em si, mas o gesto de amor por trás da ação. 🗣️ “Eu olho, ela está bebendo assim no pirulito que ela foi dar, foi dividir. Você acredita que eu contei isso nas redes sociais e vieram falar: ‘A médica que estava se vangloriando da filha de 4 meses ter chupado pirulito?’ Não é isso, é o amor naquele ato.” 💠 7. Por que é tão importante falar sobre violência obstétrica e empoderar as mulheres? A Dra. Ana Januzi destaca a importância de falar sobre violência obstétrica e de empoderar as mulheres para que conheçam seus direitos. Ela relata que muitas mulheres não sabem o que é violência obstétrica e só descobrem que foram vítimas ao receberem informações sobre o assunto. A médica recebe muitos relatos de mulheres que passaram por situações de violência, como cesáreas desnecessárias ou intervenções traumáticas durante o parto. Ela enfatiza que é fundamental informar as mulheres sobre seus direitos e sobre o que é um parto seguro e humanizado. Para ela, o empoderamento começa com o conhecimento, e só assim as mulheres podem tomar decisões conscientes sobre seus corpos e seus partos. 🗣️ “As pessoas não sabem o que é violência obstétrica, e o que eu recebo de relato é uma chuva de pessoas que identificam, a partir de relatos e informações, que elas sofreram violência obstétrica.” 💠 8. Amamentar mais de um ano reduz risco de câncer de mama: mito ou verdade? A amamentação prolongada traz benefícios significativos para a saúde da mãe, incluindo a redução do risco de câncer de mama. Segundo a especialista, a amamentação não só fortalece o vínculo entre mãe e bebê, mas também tem um impacto positivo na saúde materna. Quanto mais prolongada for a amamentação, maior a proteção contra o câncer de mama. Além disso, a amamentação ajuda na liberação de hormônios como a ocitocina, que promove o bem-estar emocional e físico da mãe. 🗣️ “Amamentar mais de um ano reduz risco de câncer de mama É verdade sim sim a amamentação ela reduz o risco de câncer de mama e pronto quanto mais prolongada ela for né melhor.” 💠 9. Por que 1 em cada 5 casais se separa no primeiro ano do bebê? A chegada de um bebê pode ser um desafio para muitos casais, e não é incomum que relacionamentos sejam abalados durante esse período. A especialista explica que a privação de sono, a exaustão e a sobrecarga de responsabilidades podem expor problemas já existentes no relacionamento. Muitos casais não estão preparados para renegociar suas dinâmicas e dividir as tarefas de forma equitativa, o que pode levar a conflitos e, em alguns casos, à separação. A chave para superar esses desafios é a comunicação e a disposição para adaptar-se à nova realidade. 🗣️ “1 quinto dos casais se separa até o primeiro ano de bebê Isso é verdade muita gente se separa muita gente se separa e quem não se separa quer dizer tem gente que fica muito bem mas tem muita gente que apesar de não se separar fica com com um vínculo extremamente abalado.” 💠 10. Como identificar e lidar com a exaustão no puerpério? A exaustão no puerpério é um fenômeno comum, mas que pode evoluir para quadros mais graves, como a depressão pós-parto. A especialista destaca a importância de diferenciar o cansaço normal da exaustão incapacitante. Sinais como dificuldade para dormir, mesmo quando o bebê está dormindo, ou a sensação de incapacidade constante, devem ser observados. A rede de apoio é fundamental nesse período, e buscar ajuda profissional pode fazer toda a diferença para a saúde mental da mãe. 🗣️ “Como identificar e lidar com os sinais de exaustão durante o puerpério Ótima pergunta eh eu acho que a gente sempre precisa ter clareza que existe o baby Blues e existe essa emoção que pode flutuar profundamente no puerpério.” 💠 11. Depressão pós-parto: como reconhecer os sinais e buscar ajuda? A depressão pós-parto é um quadro sério que pode afetar muitas mães, mas nem sempre é facilmente identificado. A especialista explica que a sensação de incapacidade, a tristeza profunda e a falta de perspectiva são sinais importantes. Além disso, a irritabilidade excessiva e a hipersensibilidade a ruídos podem indicar um problema mais grave. É essencial que a mãe busque ajuda profissional e conte com o apoio da família para superar esse desafio. 🗣️ “Quais são os sinais mais comuns de depressão pós-parto que as mães devem observar a gente falou né acho que é muito essa para mim tá que tratei depressão PSP é quando a sensação de incapacidade é é o pensamento é o sentimento do dia e a funcionalidade.” 💠 12. Cama compartilhada: até quando é seguro para o bebê? A cama compartilhada é uma prática comum em muitas culturas, mas requer cuidados para garantir a segurança do bebê. A especialista explica que, embora seja recomendado que o bebê durma no quarto dos pais até os seis meses, a cama compartilhada pode ser feita de forma segura, desde que sejam seguidos protocolos de segurança. No entanto, cada família deve avaliar o que funciona melhor para sua dinâmica, sempre priorizando o bem-estar do bebê. 🗣️ “Quando é o momento certo para mudar o bebê para o próprio quarto e como fazer isso sem estresse não Sem estresse aí depende da criança tem criança que é ótima tem criança que vai depende da da personalidade da criança também.” 💠 13. Choro excessivo do bebê: cólica, refluxo ou alergia? O choro excessivo do bebê pode ser um sinal de diferentes condições, como cólicas, refluxo ou alergia à proteína do leite de vaca. A especialista destaca que é importante observar outros sintomas, como vômitos volumosos, dermatites e dificuldade de ganho de peso, que podem indicar alergia. Já o refluxo pode causar desconforto e irritabilidade, mas nem sempre é visível. Em caso de dúvida, é fundamental buscar avaliação médica para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado. 🗣️ “como os pais podem identificar se o choro excessivo do bebê nos primeiros meses é devido cólicas ou se pode ser um sinal de condições como alergia proteína do leite ou refluxo Ah isso é super importante porque geralmente a gente fala que tudo é cólica.” 💠 14. Maternidade e trabalho: como equilibrar sem culpa? Equilibrar maternidade e trabalho é um desafio para muitas mulheres, mas a especialista ressalta que a ideia de equilíbrio perfeito é utópica. O importante é fazer escolhas que funcionem para a realidade de cada família, priorizando o que é essencial. A maternidade exige uma redução de ritmo e uma adaptação às novas demandas, o que pode ser difícil em um mundo que valoriza a produtividade acima de tudo. A chave é buscar o melhor possível dentro do contexto individual, sem se cobrar excessivamente. 🗣️ “em muitos casos as mães se sentem culpadas por não conseguirem equilibrar trabalho maternidade vida pessoal que conselho você daria para essas mães Olha eu acho que equilibrar é é é uma ideia um pouco utópica.”
Se pudéssemos resumir esse Podcast em apenas uma imagem, qual seria?
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