🔥 Confira os 17 assuntos mais quentes do Podcast:
💠 1. Será que o seu medo é o que está te impedindo de viver a vida que você merece?
Clóvis provoca uma reflexão direta: quantas vezes ficamos presos a trabalhos e rotinas apenas por medo? Ele questiona se, no fundo, a nossa resistência a buscar algo mais alinhado com nossas paixões não passa de covardia, insegurança ou apego à segurança aparente.
Ele alerta que, muitas vezes, o que nos paralisa não é a falta de oportunidade, mas um medo alimentado pelo entorno — pessoas que, mesmo com boas intenções, incentivam a permanência em situações que empobrecem a vida. A coragem de arriscar, para ele, pode ser o primeiro passo para uma vida mais plena.
🗣️ “Será que não é só covardia? Será que não é só medo? Será que não é só acanhamento?”
💠 2. O dia em que eu decidi que não havia espaço para o segundo lugar
Ao relembrar o concurso para professor da USP, Clóvis descreve um momento de entrega total. Na véspera da prova didática, repetia para si mesmo que não havia margem para desculpas ou para buscar o segundo lugar. Era “ganhar agora ou nunca mais”.
Essa mentalidade o levou a dar uma aula com intensidade incomum, resultado de anos de esforço e dedicação. Ele reconhece que a vitória não depende apenas do próprio desempenho, mas garante que, pelo menos no que está ao seu alcance, a entrega precisa ser completa.
🗣️ “Se a hora de ganhar é agora, não vai ter outro. Essa é a chance.”
💠 3. Ninguém chega ao topo pegando carona numa Kombi
Clóvis rebate a ideia de que grandes conquistas são fruto apenas do acaso. Para ele, até o “cavalo selado” que passa exige que a pessoa já esteja no lugar certo, algo construído por esforço, preparo e dedicação ao longo do tempo.
O sucesso, segundo ele, é resultado de etapas conquistadas passo a passo. A imagem da “Kombi” é usada para reforçar que ninguém chega longe simplesmente pegando carona — é preciso construir o próprio caminho para estar pronto quando as oportunidades surgirem.
🗣️ “Ninguém chega nesse ponto assim, pegando carona numa Kombi.”
💠 4. A primeira porrada pode te matar antes de você criar casca
Ao falar sobre críticas e ataques no espaço público, especialmente no meio digital, Clóvis alerta que a “casca” necessária para suportar essas situações se forma com o tempo — mas nem todos resistem ao impacto inicial.
Ele ressalta que, muitas vezes, o golpe inicial é tão forte que não dá tempo de aprender com ele. Por isso, defende que a educação e a vida preparem emocionalmente as pessoas para lidar com a dureza do mundo real antes de enfrentar as primeiras batalhas.
🗣️ “Você pode apanhar tão severamente que não dá tempo de ganhar a casca.”
💠 5. A educação deixou de preparar para viver e passou a preparar para passar em provas
Clóvis critica o modelo atual de escola, que, segundo ele, prioriza o acúmulo de informações e resultados em exames, mas negligencia o papel formativo. Para ele, a educação deveria funcionar como um laboratório ético e de convivência.
Essa mudança, na visão dele, contribui para formar indivíduos pouco preparados para interagir e lidar com os desafios sociais e emocionais da vida adulta, tornando mais difícil a construção de uma sociedade verdadeiramente civilizada.
🗣️ “A escola acabou abrindo mão desse papel formativo de preparar para viver, preparar para conviver, preparar para interagir.”
💠 6. Todo mundo acha professor importante… no mundo ideal
Clóvis aponta a contradição de um discurso amplamente repetido: “professor é fundamental”. No entanto, ele observa que, na prática, poucos valorizam realmente a profissão ou desejam segui-la.
Ele afirma que existe um “capital simbólico” atribuído ao professor apenas no plano ideal, que se perde completamente quando confrontado com a realidade concreta — marcada por baixos salários, falta de prestígio e condições de trabalho precárias.
🗣️ “Todo mundo acha professor muito importante, mas pouca gente quer ser professor no fim das contas.”
💠 7. O que é ter sucesso de verdade?
Clóvis de Barros provoca uma reflexão sobre a noção de sucesso imposta pela sociedade. Para ele, riqueza e fama são apenas critérios superficiais que não garantem uma vida boa. Ao citar exemplos de pessoas ricas e famosas que decidiram parar de viver, ele questiona se esses padrões realmente representam felicidade. A conversa mostra que a busca por reconhecimento social muitas vezes afasta o indivíduo de uma vida alinhada com sua essência. Clóvis defende que o verdadeiro sucesso está em viver de acordo com valores pessoais, e não na aprovação externa. 🗣️ “Os valores da vida não se esgotam nisso.” 💠 8. Torna-te quem tu és: a lição que mudou minha vida Inspirado pelo professor Teófilo Ottoni, Clóvis compartilha a ideia de que cada pessoa nasce com talentos e disposições únicas, mas que nem sempre são explorados. Ele explica que a vida é a jornada para transformar essa potência em ato, deixando que aquilo que já existe em nós floresça. Usando exemplos de artistas como Alcione e Elba Ramalho, ele mostra que, quando um talento é cultivado, pode se tornar espetáculo e realização. A lição é clara: a vida boa é aquela em que nos tornamos plenamente quem já somos em essência. 🗣️ “Você vai se convertendo numa potência que vira ato, que vira vida, que vira realidade, que vira desempenho, que vira espetáculo.” 💠 9. Quando percebi que estava vivendo uma vida fracassada Clóvis relembra momentos em que, mesmo em situações que deveriam ser de celebração, como formaturas ou festas, sentia apenas um desejo que acabassem logo. Ao estudar Nietzsche, ele descobriu que esse sentimento era um sinal de vida fracassada: quando não desejamos repetir certas experiências, elas não são realmente boas para nós. Esse insight mudou sua forma de enxergar a vida. Para ele, a verdadeira felicidade está em criar momentos que queremos viver indefinidamente, experiências que não carregam apenas utilidade, mas significado profundo. 🗣️ “Quando você está num momento da vida que quer que acabe logo ou que nunca gostaria que se repetisse, isso é um sintoma de vida fracassada.” 💠 10. O instante perfeito é aquele que você quer viver para sempre Ao relatar um simples almoço em um restaurante italiano, Clóvis ilustra o conceito de viver experiências tão boas que despertam o desejo de repeti-las infinitamente. Para ele, momentos assim são a essência de uma vida bem vivida, pois estão livres de justificativas utilitárias e conectados ao prazer genuíno do presente. Mais do que passatempo, é sobre transcender a temporalidade do relógio e se envolver completamente com o que se está fazendo, sentindo que ali reside o melhor de si mesmo. 🗣️ “Viva de tal maneira a desejar repetir indefinidas vezes aquilo que você está vivendo.” 💠 11. A solidão é condição da existência Inspirado por Espinosa, Clóvis reflete sobre a solidão como parte inevitável da vida. Ele explica que, mesmo cercados de pessoas, nossas experiências e sentimentos são únicos e incomunicáveis, e que muitas vezes apenas simulamos participar de alegrias coletivas. Essa compreensão o levou a aceitar que nem sempre o que sentimos se alinha ao ambiente, mas que isso não diminui o valor da vivência — pelo contrário, reforça a autenticidade do que se é por dentro. 🗣️ “Aquilo que eu sinto ninguém sente.” 💠 12. Eu não vivo para que me deem bola Clóvis rejeita a busca por aprovação como motivação para viver. Ele conta que, mesmo sendo questionado sobre por que não seguir carreiras mais prestigiadas, como a política, sempre preferiu a sala de aula, onde sente que sua essência se manifesta plenamente. Para ele, não se trata de autopromoção, mas de deixar que a relevância do que faz seja percebida pelo impacto real, não pela propaganda. Quem entende, entende; quem não entende, não muda o que ele é. 🗣️ “Eu sou professor e por isso vivo como professor. Quem aplaude, aplaude. Quem não aplaude, não aplaude.” 💠 13. “A vida não se resume a projetar a vida” – A lição que falta nas escolas! Clóvis de Barros provoca uma reflexão poderosa sobre como encaramos a vida e o ensino. Ele critica a visão limitada de “projeto de vida” nas escolas, destacando que viver não é apenas planejar, mas também aproveitar experiências que não têm relação direta com metas ou objetivos. Para ele, há um valor enorme nas vivências espontâneas, que formam tanto quanto ou mais que qualquer planejamento formal. Ele defende que o ensino médio deveria estimular essa consciência, ajudando os jovens a construírem sua própria grade de valores, capaz de guiá-los diante de pressões externas. A vida, segundo Clóvis, é muito mais rica quando se equilibra o planejamento com a abertura para o imprevisível. 🗣️ “A vida também implica experiências que nada têm a ver com projetos.” 💠 14. “Nada do que você faça poderá comprovar o seu amor” – A resposta que mudou tudo Em uma conversa sincera e quase poética, Clóvis conta a história de um amigo cuja companheira pediu uma “prova de amor”. Ele mergulhou na questão e concluiu que não existe ato capaz de comprovar cabalmente um sentimento tão subjetivo. Presentes, gestos grandiosos ou sacrifícios podem ter motivações diversas e, portanto, não servem como prova definitiva. Para ele, exigir uma prova de amor é cruel, pois o amor se manifesta de forma única para cada pessoa. Essa reflexão virou uma de suas mensagens matinais e acabou inspirando um de seus livros mais comentados, mostrando como o cotidiano pode render lições profundas. 🗣️ “Nada do que você faça poderá comprovar cabalmente o seu sentimento de amor pela pessoa em questão.” 💠 15. Ulisses x Ciclope: a lição sobre não ser marrento que vale 10 anos de vida Clóvis revive a história de Ulisses contra o ciclope Polifemo de forma bem-humorada e cheia de lições. Depois de cegar o gigante, Ulisses poderia ter saído em silêncio, mas preferiu provocar o inimigo, o que trouxe consequências desastrosas: a fúria de Poseidon e dez anos de atraso para voltar para casa. Para ele, essa é uma metáfora perfeita para situações em que insistimos em dar “o coice final” — aquela provocação desnecessária que só gera problemas maiores. Uma lição de humildade e estratégia que atravessa séculos. 🗣️ “Quantas e quantas vezes a gente podia sair na miúda com menos atrito e a gente gosta de dar um coice final que nos causa um abacaxi infinito.” 💠 16. “O Deus de Espinosa é o universo” – A definição que muda sua visão sobre tudo Ao responder sobre o filósofo Baruch de Espinosa, Clóvis apresenta uma visão instigante: Deus não é um criador externo, mas o próprio universo e a própria natureza. Para Espinosa, todos os seres e coisas são partes de Deus, e não “filhos” dele, rompendo com a visão tradicional. Essa perspectiva propõe uma conexão profunda entre a existência e o divino, dissolvendo a separação entre criador e criação. É uma visão que provoca questionamentos filosóficos e existenciais poderosos. 🗣️ “O Deus de Espinosa é a natureza. O Deus de Espinosa não é um criador que de fora cria o universo. O Deus de Espinosa é o próprio universo.” 💠 17. “Conhecer é prazeroso, independentemente do pretexto” – O segredo de ser um eterno estudante Clóvis compartilha uma visão apaixonada sobre o aprendizado: o verdadeiro prazer de estudar está em mergulhar no conhecimento, pouco importando o ponto de partida. Ele mostra como temas aparentemente distantes — como matemática, filosofia ou poesia — acabam se conectando quando buscamos compreender a vida. Para ele, quando o ato de conhecer se torna prazeroso por si só, somos capazes de manter o espírito de estudante para sempre, explorando o mundo com curiosidade e abertura. 🗣️ “Na hora que você chegar nesse ponto onde conhecer é prazeroso, independentemente do pretexto de origem, aí fica bem legal de ser um estudante.”
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